Após Aço e Alumínio, Trump Foca no Etanol Brasileiro: O Impacto das Tarifas Recíprocas
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No cenário das relações comerciais internacionais, a atenção de Donald Trump se volta agora para o etanol brasileiro, prometendo um novo capítulo nas tensões comerciais entre Brasil e Estados Unidos.
Após Aço e Alumínio, Trump Foca no Etanol Brasileiro: O Impacto das Tarifas Recíprocas
Por Emerson Junior, São Paulo
Publicado em 15/02/2025
Introdução
Depois de estabelecer tarifas sobre aço e alumínio que impactam o Brasil, o presidente Donald Trump voltou sua atenção para o etanol brasileiro. Foi publicado em um documento que seguiu um memorando, menos formal que um decreto, sobre as "tarifas recíprocas"
Trump, que já havia assinado um decreto estabelecendo uma tarifa de 25% sobre aço e alumínio, alertou que isso poderia ter repercussões para a arrecadação em municípios dependentes da mineração, segundo a AMIG. A medida gerou preocupação entre diversas entidades.
Em relação ao etanol, Trump observou que "a tarifa dos EUA sobre o etanol é de apenas 2,5%. Por outro lado, o Brasil impõe uma tarifa de 18% sobre as exportações de etanol dos EUA. O presidente republicano pretende aplicar tarifas equivalentes aos produtos que chegam aos Estados Unidos de outros países, de acordo com as taxas que os produtos americanos enfrentam ao serem exportados. Como resultado, em 2024, os EUA importaram mais de US$ 200 milhões em etanol do Brasil, enquanto exportaram apenas US$ 52 milhões para lá."
"Se nos impuserem uma tarifa ou imposto, nós faremos o mesmo, de maneira simples", afirmou Trump durante a assinatura do documento sobre sua política tarifária.
Essas medidas têm como objetivo reduzir o déficit comercial. Embora tenha reconhecido que os preços poderiam aumentar, Trump espera que essa situação se normalize ao longo do tempo. De acordo com seu assessor comercial, os Estados Unidos enfrentam um déficit superior a US$ 1 bilhão (cerca de R$ 6 bilhões) devido a tarifas punitivas e barreiras não tarifárias impostas por países exportadores.